sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Primeira Pessoa

Nasci como advérbio de intensidade
Autocontrole pra mim é substantivo incomum

Minha lírica renasce em foto antiga
Em poesia já escrita

Queimo o que me contraria
Floreio o que me desafia

Não tenho meio termo
Com meio significado

Envolvo todo contexto
Para livre interpretação

Psicografo minha própria história
Assim como fez o poeta fingidor


domingo, 16 de novembro de 2014

Asas

Sou bicho solto 
Tá pra nascer
Quem me diga o que fazer

Se quiser me prender
Seja mais que desejo
E faça por merecer

Deixo rastro
Por onde passo
Não me amarro

Hoje eu quero
Amanhã não sei
O prazo é zero

Guarda teu palpite
Tua certeza absoluta
Tô fora do seu limite

Sou pergunta
Não resposta

Sou do mundo
Não pra todo mundo

Mulher que você nunca vai ter.

sábado, 1 de novembro de 2014

Semente que não dá fruto

As pessoas só se revelam quando são contrariadas.
Aceitam as maiores mentiras, mas não suportam a verdade.
Preferem a cegueira do conveniente a enfrentar a realidade.
Cabeça fraca é adubo de enganação, fruto podre cai sozinho.
Manter-se forte não é pra qualquer um.

Só se deixa levar quem não confia em si.
Boneco de ventríloquo tem fala manipulada.
Pensador ri de história mal contada.
É preciso se fazer presente.
Sem merecimento milagre não acontece.

Cresce quem se constrói.